sábado, 26 de março de 2011

SOFRIMENTO E GRAÇA, APRENDENDO COM O SALMISTA

(Rev. Renan Eurípedes Corrêa – I. P. de Xanxerê, SC)

A vida do povo de Deus foi e é marcada por surpresas, pelo inesperado, pelas más notícias. Jacó foi avisado pelos seus filhos que José fora devorado por feras no campo; Jesus recebeu a notícia da parte de Maria e Marta que seu amigo Lázaro estava morto, foi avisado acerca da morte de João Batista; o apóstolo Paulo sempre recebeu péssimas notícias a respeito do estado espiritual das igrejas que fundou e por onde pregou. Fato certo é que estas notícias sempre produziram aquilo que é denominado de sofrimento. A depressão, a tristeza, a angústia, a solidão, o medo, geram, produzem e traduzem o sofrimento.

O livro dos salmos, de todos os da bíblia é o que trata o tema do sofrimento na perspectiva poética e do coração, por isso, reportar a ele em busca de alívio para a alma e para o sofrimento é buscar uma identificação do sofredor do tempo presente com o salmista. O salmo 13 é um lamento que traduz um profundo sofrimento, “até quando, esquecerte-ás de mim para sempre? Até quando estarei eu relutando dentro em minha alma com tristeza no coração cada dia?” O leitor pode perceber que o salmista estava com muita dor, estava passando por muito sofrimento. Que postura ele assumiu em relação a Deus? Como ele posicionou o seu coração sofrido em relação ao Senhor?

Primeiramente, ao contrario do que muitos pensam, ele não tenta a Deus, mas lamenta. O lamento traduz um coração quebrantado, contrito, fragilizado pela dor e pelo sofrimento. Traduz uma consciência totalmente dependente de Deus e mais que isto, uma consciência humilde, que tem como único refugio e alívio para a dor o consolo e a intervenção de Deus. Lamentar é saber abrir o coração na hora certa para a Pessoa certa. Deus é Pai que ama seus filhos com amor de mãe.

Em segundo lugar, o salmista manifesta sua plena confiança na Graça de Deus. A Graça é uma intervenção miraculosa do Senhor, ele confia nesta intervenção. A confiança em Deus gera segurança, alivia a alma e produz esperança. O escritor da epístola aos hebreus exorta a comunidade a quem ele endereça sua carta a achegar confiadamente junto ao trono da graça a fim de receber misericórdia e achar graça para socorro em ocasião oportuna (Hb. 4:16).

Por fim, para o salmista, o sofrimento e a angústia não podem ofuscar os olhos do sofredor de modo a torná-lo cego a ponto de não enxergar a bondade de Deus em outras esferas de sua vida. Apesar do momento de angústia e sofrimento vivido, o salmista diz estar disposto a cantar a bondade e o bem do Senhor. Os momentos difíceis que o cristão passa não pode impedi-lo de ver que Deus é muito mais que o sofrimento, e que a sua Graça é melhor que a vida.

Nossa Igreja precisa aprender com a dor e o sofrimento, que Deus está acima das nossas dores, que Ele é Pai e solidário com os nossos sofrimentos, tristezas e angustias. Que sua graça é melhor que a vida. Que Deus na Pessoa de seu Filho Jesus soube sim o que é sofrer. Que Deus não desampara seus filhos, sendo que a maior evidência desta verdade está no fato de que Ele ressuscitou seu Filho para que através deste evento, possamos ter a esperança da ressurreição e da vida eterna.

sábado, 19 de março de 2011

A CONTRIBUIÇÃO QUE GLORIFICA A DEUS

Rev. Hernandes

É conhecida a expressão “contribua de acordo com a sua renda para que Deus não torne a sua renda de acordo com a sua contribuição”. A contribuição com a obra de Deus e a oferta aos pobres e necessitados é uma prática bíblica inquestionável. Infelizmente, vivemos hoje dois extremos nesta questão: aqueles que ultrapassam os limites das Escrituras e gananciosa e astuciosamente arrancam o último vintém dos incautos, mercadejando a Palavra de Deus e vendendo no balcão da fé a sua graça e aqueles que amam mais o dinheiro do que a Deus e fecham o coração e o bolso, negligenciando a graça da contribuição, sendo infiéis na mordomia dos bens. A devolução dos dízimos é um ensino bíblico insofismável, presente antes da lei, durante e lei e depois da lei. A contribuição pessoal, voluntária, generosa, sistemática e alegre está presente tanto no Antigo como no Novo Testamento. O rei Davi ofereceu-nos alguns princípios importantes sobre a contribuição que glorifica a Deus, quando se preparava para a construção do templo de Jerusalém. Vejamos:

1. Devemos contribuir porque a obra de Deus a ser realizada é muito grande – 1 Cr 29:1. Davi disse: “… esta obra é grande; porque o palácio não é para homens, mas para o Senhor Deus”. Davi estava construindo o templo e o palácio. Queria fazer o melhor e dar o melhor para Deus. Tudo o que fazia não era pensando nos homens, mas em Deus. Igualmente, a igreja está realizando uma grande obra: não apenas na construção e ampliação de templos, mas na expansão do Reino de Deus. Há templos a serem construídos, igrejas a serem plantadas, pessoas necessitadas a serem assistidas, missionários a serem enviados, muito terreno a ser conquistado aqui e além fronteira.

2. Devemos contribuir com liberalidade porque Deus merece o melhor – 1 Cr 29:2. Davi, com todas as suas forças preparou para a Casa de Deus, em abundância, aquilo que existia de melhor. Deus é dono de tudo. Tudo o que temos vem das suas mãos. Tudo o que damos, também procede de suas dadivosas mãos. Ele é Deus de primícias. Ele merece o melhor e não as sobras. As coisas de Deus precisam ser feitas com excelência. Não podemos ofertar a Deus com usura, pois ele não nos dá suas bênçãos por medida. Ao ofertar ao Senhor, devemos colocar aí o nosso coração e a nossa força.

3. Devemos contribuir motivados por grande amor a Deus e a sua obra – 1 Cr 29:3. Davi não apenas recolheu ofertas dos outros, mas ele pessoalmente, deu para a Casa do seu Deus o ouro e a prata particulares que tinha. E fez isso, porque amava a Casa do seu Deus. Quem ama dá. Quem ama é pródigo em ofertar. Nosso amor por Deus não passa de palavrório vazio se não ofertamos ao Senhor com generosidade. Nossa contribuição não tem valor diante de Deus, se não é motivada pelo nosso amor ao Senhor e a sua obra.

4. Devemos contribuir espontaneamente motivados pela alegria de Deus – 1 Cr 29:5-9. O ato de contribuir é uma expressão de culto e adoração. Deus ama a quem dá com alegria. A voluntariedade e a alegria são ingredientes indispensáveis no ato de contribuir. Davi perguntou ao povo: “Quem está disposto, hoje, a trazer ofertas liberalmente ao Senhor?… O povo se alegrou com tudo o que se fez voluntariamente; porque de coração íntegro deram eles liberalmente ao Senhor; também o rei Davi se alegrou com grande júbilo” (1 Cr 19:5,9). Devemos vir ao gazofilácio exultando de alegria.

5. Devemos contribuir conscientes de que Deus é dono de tudo e que tudo deve ser feito para a sua glória – 1 Cr 29:10-22. O resultado da alegre, generosa e abundante oferta do rei e do povo foi a manifestação da glória de Deus. Davi louvou a Deus pela sua glória, poder e riqueza, reconhecendo que as ofertas que deram tinham vindo do próprio Deus. O povo adorou a Deus e houve grande regozijo. O maior propósito da nossa contribuição deve ser a manifestação da glória de Deus. Que tudo o que somos e temos esteja a serviço de Deus e seja um tributo de glória a Deus.

quinta-feira, 10 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

Alguém orava


Fonte: SAF em revista
(jul, set 1968)

terça-feira, 1 de março de 2011

Quanto vale um menino?


Fonte: SAF em revista
(jan, fev, mar - 1977)